14 junho 2007

E você? Sabe amar?



Você sabe amar? Eu estou aprendendo!
Estou apreendendo a aceitar as pessoas, mesmo quando elas me desapontam.
Quando fogem do ideal que eu tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.
É difícil aceitar as pessoas assim como elas são não como eu desejo que elas sejam. É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.
Estou aprendendo a amar.
Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos.
Escutar o que diz o coração, o que diz os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.
Escutar a mensagem que se esconde entre as palavras corriqueiras, superficiais; descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.
Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vangloria exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.
Aos poucos, estou aprendendo a amar.
Estou aprendendo a perdoar. Pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga as cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravaram no coração ferido. O amor não alimenta mágoa com pensamentos dolorosos. Não cultiva ofensa com lágrimas de autocomiseração. O amor perdoa e esquece, extingue todos os traços de dor no coração.
Passo a passo estou aprendendo a perdoar, a amar.
Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas.
Valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências vividas ao longo dos anos.
Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma e as possibilidades que Deus lhe deu.
Estou aprendendo. Mas como é lenta a aprendizagem.
Como é difícil amar. Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo.
Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição, meu orgulho quando estes impedem o bem-estar e a felicidade de alguém.
Como é duro amar. Eu estou aprendendo.
E você? Sabe amar?

Ir. Pedro Pessoa

10 junho 2007

O orgulho que a mídia tem do orgulho GLBT


E dentro de algumas horas se encerrá mais uma Parada Gay do orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais).
Talvez, o termo transexual soe estranho. É a condição auto-imposta de uma pessoa que passa pelo bisturi para mudar seus órgãos sexuais.
Bom, a divulgação da mídia foi intensa, a cobertura metro-a-metro e em tempo real. A enfática apresentação de famílias, com crianças pequeninas inclusive, passeando pelas alas frenéticas, foi marcante.
O prefeito da cidade, Paulo Kassab, foi muito franco ao dizer o porquê de a prefeitura paulistana investir 400 milhões de reais no evento: afora a Fórmula 1, a Parada Gay é a efeméride que gera mais divisas (dinheiro) para o município. Isso a mídia fez questão de divulgar, também.

Entre os passantes, os simpatizantes, a cobertura midiática, a influência política - os bons costumes escoam ralo a baixo pela famosa Avenida Paulista.

Não se oferece apenas uma versão sadia do movimento nem só a contrapartida significativa monetária que ele gera, a isso tudo se acresce o destaque da mídia internacional, realçando que a Parada Gay de Sampa é recorde no Guinness Book.
Mas uma vez se troca os bons costumes por ganhos efêmeros, irrelevantes no frigir dos ovos, quando se pensa onde foi parar o que resta da imagem de Deus no homem e na mulher do Brasil.

Um tanto mais aterrador é se ler que pais sorridentes e mães empolgadas carregam seus filhos de lá para cá, vendo e ouvindo a defesa aberta de um proceder indigno à condição humana...
As distorções que visitarão e impactarão essas pequeninas mentes poderão ser decisivas quando a idade da razão lhes chegar e lhes carregar para longe da lógica veraz e benfazeja de que existe um Deus que se importa com cada um de nós.

Uma verdade inconveniente: Bissexual implica, necessariamente, em manter contato íntimo com pessoas do mesmo sexo e do sexo oposto. Por sua vez, tal fato implica, necessariamente, em parcerias múltiplas. Promiscuidade.
Ainda que se forçasse a aceitar a relação íntima entre duas pessoas do mesmo sexo, a realidade de se ter mais de um parceiro é ofensiva. Mas ninguém toca nesse ponto. A mídia não dá a mínima ao fato de quase 4 milhões de pessoas apoiarem a perversão sexual e a multiplicidade de parceiros - uma porta escancarada ao contágio de doenças venéreas.

O contra-senso se explicita quando há políticas governamentais que tentam conter o avanço da Aids, por exemplo.
Mas este é mais capítulo da saga humana (confusa e cega), em rebeldia ao Deus Altíssimo.

Até sempre...

Leo.